Introdução - FINANÇAS

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O papel do Gestor Financeiro
As diversas abrangências.
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Introdução
 

PLANEJAMENTO E GESTÃO FINANCEIRA

Uma empresa moderna necessita de uma variedade quase infinita de Ativos Reais para administrar um negócio. Muitos destes são Ativos Tangíveis: máquinas, fábricas e escritórios. Outros são Ativos Intangíveis: experiência técnica, marcas registradas e patentes. Entretanto, para estarem disponíveis, todos estes ativos precisam ser pagos.

Para obter o dinheiro necessário a empresa vende pedaços de papel denominados Ativos Financeiros. Estes pedaços de papel tem valor posto que representam direitos sobre os Ativos Reais da empresa. Os Ativos Financeiros incluem não apenas as ações da empresa, mas também, debêntures, empréstimos bancários, obrigações de leasing e assim por diante.

Existem nas empresas consideráveis aplicações de recursos financeiros. Em função de diversas circunstâncias, as empresas precisam adotar ações operacionais que exigem grandes volumes de recursos. Assim, por exemplo, em função do mercado onde atuam, de sua capacidade produtiva, da tecnologia, etc., a empresa despende recursos em ações operacionais, por exemplo:
 
Lançamento de produtos, ou modificações dos existentes.
 
Implantação de novas unidades de negócios ou filiais.
 
Ampliação das instalações produtivas, ou substituição de máquinas.
 
A correta tomada de decisão é, sem dúvida, o que se espera sempre de qualquer administrador, mas é igualmente evidente que na realidade, as decisões poderão ser avaliadas, quanto à sua eficácia e eficiência no futuro, uma vez que toda decisão diz respeito às ações futuras, ao caminho que as empresas irão seguir. O objetivo de todo administrador, ao optar por uma alternativa de ação, é apontar à empresa o caminho a ser seguido e que poderá possibilitar-lhe, a curto, médio ou longo prazo, a maximização dos lucros. Conclusão: Podemos então dizer que é o estudo das Finanças Corporativas que proporciona ao administrador o ferramental necessário para a tomada de decisões ótimas no desempenho de sua atividade profissional.

O que é Finanças?

 
Podemos definir finanças como a arte e a ciência de administrar fundos. Praticamente todos os indivíduos e organizações obtêm receitas ou levantam fundos, gastam ou investem. A disciplina Finanças ocupa-se do processo, instituições, mercados e instrumentos envolvidos na transferência de fundos entre pessoas, empresas e governos.

A Administração Financeira diz respeito às responsabilidades do administrador financeiro numa empresa. Os administradores financeiros administram ativamente as finanças de todos os tipos de empresas, financeiras ou não financeiras, privadas ou públicas, grandes ou pequenas, com ou sem fins lucrativos. Eles desempenham uma variedade de tarefas, tais como orçamento, previsões financeiras, administração do caixa, administração do credito, análise de investimentos e captação de fundos.

Finanças é, antes de qualquer coisa, um processo decisório. Assim, se não houver nenhuma decisão a tomar podemos dizer que não há finanças a fazer. É comum uma pessoa confundir finanças com atividades de, por exemplo, registro de operações financeiras. Operações de registro envolvem dados financeiros, mas estão longe de significarem que a pessoa está lidando com finanças. Para caracterizarmos finanças precisamos ter, na verdade 3 condições: haver uma decisão a ser tomada; essa decisão envolver dinheiro e, por último, haver o objetivo de criação de riqueza. Assim, por exemplo, se determinada pessoa estivesse tomando decisões a respeito de como distribuir seu dinheiro para a caridade, ela estaria próxima de fazer finanças, mas não teria como objetivo de seu processo decisório envolvendo dinheiro a criação de riqueza. Portanto, diríamos que tal pessoa não estaria fazendo finanças.

Objetivo de Finanças

Finanças têm o mesmo objetivo da Administração em geral: maximizar a riqueza do proprietário, ou proprietários, da empresa - se for uma sociedade por ações, poderemos falar em acionista, ou acionistas. É preciso que se compreenda que a empresa só surge devido ao investimento feito pelos proprietários. É natural, portanto, que o objetivo da empresa seja de criar riqueza para os mesmos. Sempre que este objetivo é desvirtuado temos um processo administrativo falho que repercute em prejuízo para toda a sociedade uma vez que desestimula os donos do capital a prosseguirem na tarefa de correrem risco com seu capital e investirem em novos negócios.

Funções da área de finanças

Todas as atividades empresariais envolvem recursos, e, portanto, são conduzidas para a obtenção de lucros. Assim, é importante compreender o papel da área de finanças dentro das empresas. Todas as funções financeiras podem ser sintetizadas em apenas três. Pedimos especial atenção para a segunda, que é de longe a mais importante.

Análise, planejamento e controle financeiro, garantindo fluxo de caixa positivo.

Consiste em coordenar, monitorar e avaliar todas as atividades da empresa, por meio de dados financeiros, bem como determinar o volume de capital necessário, tanto no curto como no longo prazo. Veremos que o jogo da empresa é definido principalmente no longo prazo. No entanto o mercado costuma dizer que não existe longo prazo para quem não sobrevive no curto prazo. Existem exemplos recentes de empresas que não tiveram prejuízo nos últimos anos, e que estavam razoavelmente bem até recentemente virem o valor de suas ações despencarem, com a pulverização de bilhões de dólares de riqueza dos acionistas. Qual o motivo? Descuidaram-se do gerenciamento de curto prazo e estão sem caixa para pagamento de suas dívidas. Não basta uma empresa, ou indivíduo, estarem bem economicamente, isto é ter patrimônio. É preciso ter caixa para pagamento das dívidas de curto prazo.

Avaliar os investimentos e investir naqueles que criam riqueza

São os projetos de longo prazo que geram riqueza para a empresa. Estes projetos geralmente oferecem alta rentabilidade sendo a razão de ser das empresas. No entanto, se projetos forem conduzidos que não tenham sido avaliados corretamente estes podem destruir riqueza. Isto é, proporcionar uma rentabilidade inferior ao necessário para o pagamento dos recursos utilizados. Para isso precisaremos ter critérios que nos permitam saber se o investimento é viável ou não. E a esses critérios nos dedicaremos mais adiante. Mas todos os critérios são baseados em previsões dos fluxos de caixa que faremos sobre o futuro do investimento. Essas previsões poderão variar com o tempo e deveremos manter os nossos modelos atualizados com as novas previsões que forem surgindo. Um outro tipo de previsão que terá também de ser feita é do custo do capital no período que o investimento for analisado, isto também será considerado mais adiante.

Obtenção de recursos necessários nos mercados financeiros

Qualquer tipo de investimentos necessita de recursos para ser realizado. Esses recursos podem vir de agentes financeiros que queiram participar do investimento no papel de sócios, e neste caso chamamos os recursos de capital próprio. Podem também vir de agentes financiadores de dinheiro - na sua grande maioria bancos - por um período limitado, que desejam receber juros pelo empréstimo, a esse tipo de capital chamamos de capital de terceiros. Fica claro então que se a empresa não tiver recursos em caixa para a realização do investimento pretendido, ela deverá buscar no mercado financeiro o capital próprio ou capital de terceiros para a viabilização do investimento. E esta será sem dúvida uma das funções da área financeira da empresa. Para compreensão melhor desta função precisamos conhecer um pouco do funcionamento do mercado financeiro, que veremos mais adiante.

 
Mercado financeiro

Os mercados financeiros fornecem o foro para fornecedores de fundos, tomadores de empréstimos e investidores negociar diretamente. Enquanto os empréstimos e os investimentos das instituições são feitos sem o conhecimento direto dos fornecedores dos fundos (poupadores), no mercado financeiro os fornecedores sabem onde seus fundos são emprestados ou investidos. Os dois mercados financeiros básicos são: o mercado monetário e o mercado de capitais. As transações com instrumento de dívida de curto prazo realizam-se no mercado monetário. Os títulos de longo prazo (títulos de dividas ou ações) são negociados no mercado de capitais.

Mercado Monetário

O mercado monetário origina-se do relacionamento financeiro entre fornecedores de tomadores de crédito. Quando falamos em mercado monetário só estamos considerando títulos de dívida de curto prazo. Consideramos curto prazo títulos cujo vencimento seja em períodos de até um ano. Assim, os empréstimos com vencimento de até um ano que pessoas físicas e jurídicas costumam fazer pertencem ao chamado mercado monetário. O mercado monetário não é uma organização real instalada em algum ponto. A maioria das transações realizadas neste mercado é feita com valores mobiliários negociáveis, que são instrumentos de dívida. No mercado monetário não são negociados títulos de propriedade.

Mercado de Capitais

É comum a confusão entre mercado de capitais e mercado de ações. O mercado de capitais visa financiar a empresa no longo prazo. Assim, o mercado de capitais consiste de títulos tanto de dívida quanto de propriedade. Já o mercado de ações pode ser visto como um subconjunto do mercado de capitais onde somente títulos de propriedade específicos, chamados de ações, são negociados. Debêntures, por exemplo, são títulos de dívida de longo prazo emitidos pelas empresas que fazem parte do mercado de capitais, mas não fazem parte do mercado de ações. O mercado de capitais possibilita o encontro de compradores de vendedores de diferentes regiões ou perfis, enquanto lhes permite algum anonimato. O mercado competitivo criado pelas bolsas de valores estabelece um ambiente no qual o preço da ação é continuamente ajustado às mudanças de demanda e oferta. Uma vez que os preços são prontamente disponíveis, as partes interessadas podem usar essas informações para tomar melhores decisões de compra e venda. Isto é especialmente verdadeiro para títulos que são negociados ativamente nas principais bolsas de valores, onde a competição entre investidores determina e torna público preços tidos como muito próximos de seu verdadeiro valor. Esse foro de negociação ajuda a assegurar um mercado eficiente, no qual o preço reflete o verdadeiro valor do título.

Identificação do Ativo

Do ponto de vista financeiro os ativos só têm valor pela capacidade dos mesmos de gerarem fluxos de caixa. Ou seja, de permitirem ganhos em dinheiro para os seus detentores. Como os ativos são então avaliados? Primeiramente, é feita uma projeção dos fluxos de caixa futuros esperados pelo ativo e logo após é calculado o valor presente deste fluxo projetado, utilizando-se uma taxa que denominamos de custo de oportunidade do capital.

Identificação e representação de um ativo

Sempre existe um ativo envolvido numa decisão administrativa. Muitas vezes existem dificuldades para se identificar um ativo, pelo fato de que os ativos podem ser tangíveis ou intangíveis. Exemplo de ativos:
 
Ativos tangíveis: imóveis, máquinas, valor contábil de uma empresa, etc.                        
 
Ativos intangíveis: fundo de comércio, marca®, expertise.
 
Exemplo:

Representação Financeira de um investimento em um imóvel para aluguel. Considere que você investiu $100.000,00 para comprar um imóvel comercial o qual você pode alugar por $1.000,00 mensais. Suponha que você quer permanecer com este imóvel por 1 ano e depois vende-lo por $120.000,00.

Representação do Ativo (Imóvel):



A identificação de um ativo qualquer sob a análise financeira implica em determinar os fluxos de caixa que esse ativo pode gerar para seus investidores. O Fluxo de Caixa que interessa para a tomada de decisão administrativa é o fluxo de caixa operacional, incremental, livre após o pagamento de taxas e impostos. Então, os ativos passam a ser representados pelos seus fluxos de caixa futuros.

Características do futuro fluxo de recebimentos que são relevantes para a avaliação:

- Valor (volume) do investimento e dos FCs em $;
- Timming (datas) dos pagamentos ou recebimentos;
- Risco e Incerteza do fluxo de pagamentos;
- Sinal do fluxo de caixa. (entrada ou saída de caixa).



Avaliamos ativos reais da mesma forma que avaliamos ativos financeiros. Ativos (Financeiros ou Reais) devem ser avaliados pelo VP (Valor Presente) de seus futuros fluxos de caixa projetados.

Exemplos de ativos financeiros:



Para que possamos compreender melhor o mercado financeiro, precisaremos antes falar dos chamados ativos financeiros, como uma das categorias de ativos mantidos pelas empresas. Os ativos mantidos pelas empresas podem ser subdivididos em duas principais categorias: ativos reais e ativos financeiros.

Ativos Reais

A melhor maneira de compreender os ativos reais é dizendo que são aqueles que não são financeiros. Talvez exemplos nos esclareçam mais: prédio, veículo, equipamento, patente ou marca são considerados ativos reais. Estes também costumam ser classificados em duas outras categorias: ativos tangíveis e ativos intangíveis. Naturalmente que os nossos três primeiros exemplos, prédio, veículo e equipamento, ficam na categoria de tangíveis. Os dois exemplos seguintes ficam na categoria de intangíveis.

Ativos Financeiros

Quando alguém assina um contrato em troca de dinheiro, e esse contrato especifica como este dinheiro será devolvido e remunerado, dizemos que essa pessoa - física ou jurídica - emitiu um ativo financeiro. Um ativo financeiro, portanto, nada mais é que um pedaço de papel (contrato juridicamente perfeito) que promete pagamentos futuros em troca de recursos recebidos hoje. Um empréstimo é um ativo financeiro, da mesma forma uma ação ou uma debênture - título de dívida de longo prazo emitido pelas empresas. Por sua vez os ativos financeiros podem ser classificados em duas grandes categorias: títulos de dívida e títulos de propriedade. A área financeira das empresas lida principalmente com os chamados ativos financeiros cujos tipos vamos explorar mais detalhadamente abaixo.

Títulos de Dívida

São obrigações contratuais emitidas pelas empresas através das quais as mesmas devem pagar os recursos recebidos, em datas pré-estabelecidas e com pagamento de encargos financeiros. Os títulos de dívida constituem uma obrigação que deve ser cumprida pela empresa. Os títulos de dívida mais comuns são os empréstimos contraídos pelas empresas junto aos bancos. Outro título também comum é a debênture, títulos de longo prazo emitidos pelas empresas e adquiridos pelos participantes do mercado de capitais.

Títulos de Propriedade

São títulos que dão direitos de propriedade sobre a empresa, mas que, no caso da mesma não obter resultados positivos, o risco do não recebimento de quaisquer benefícios fica com o proprietário do título. As empresas não têm qualquer obrigação de recompra desses títulos. As ações são os títulos de propriedade mais comuns emitidos pelas empresas. Existem dois tipos de ações. Ações ordinárias que permitem que o possuidor vote nas assembléias da empresa. Ações preferenciais, que não dão direitos a voto, apenas aos dividendos, sobre os quais têm preferência no recebimento.

                           
 


 

 
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