Objetivos na Mensuração de Resultados - FINANÇAS

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Objetivos na Mensuração dos Resultados
 
São vários os objetivos de mensuração do resultado de uma empresa:

 
Resultado como Medida de Eficiência
 
O resultado como medida de eficiência coloca em evidência a administração do patrimônio. Os administradores, como gestores de recursos dos acionistas, são extremamente sensíveis aos resultados da empresa, pois a efetividade de suas decisões é julgada através deles.

A eficiência global de um negócio é avaliada em termos da quantidade de lucro gerada. Consequentemente, o resultado tende a prover um padrão pelo qual o sucesso é medido. Os acionistas avaliam a eficiência de seus investimentos através do resultado apurado. Assim, a decisão de novos investimentos ou sua manutenção depende do resultado como um padrão pelo qual são tomadas as decisões.
 
O resultado como medida de eficiência também é utilizado para definir incentivos que serão oferecidos aos dirigentes do patrimônio.

Resultado como Guia para Investimento Futuro
 
A seleção de projetos de investimento é feita em base de estimativas de fluxos monetários futuros. Essas estimativas devem considerar os riscos e a incerteza da decisão de investimento. De um modo geral, o resultado atual age para influenciar expectativas sobre o futuro. Isto é importante para investidores, que tem nos relatórios financeiros, demonstrando o resultado apurado, a principal fonte de informação para suportar suas decisões de subscrever mais ações da empresa.

Resultado como um Guia para Concessão de Crédito
 
A habilidade de uma empresa em obter financiamentos depende de seu estado financeiro e suas perspectivas de resultados atuais e futuros. Por isto, instituições de crédito e bancos observam a capacidade da uma empresa em gerar resultados futuros, para reembolsar os empréstimos concedidos, através dos seus níveis atuais de lucratividade.
 
Resultado como um Guia para Decisões Sócio-econômicas
 
Muitas decisões levam em conta os níveis de renda das empresas. Aumentos de preço crescentes podem ser justificados em termos do aumento dos níveis de renda da população.

Reajustes de salários muitas vezes são discutidos em função dos lucros auferidos pelas empresas. Políticas econômicas governamentais são guiadas pelos níveis de renda das empresas como um dos indicadores sociais chaves.

Resultado como Base para Tributação
 
A tendência da maioria dos governos em se apropriar de parte significativa dos lucros da empresa na forma de tributos significa que a base na qual imposto das empresas é avaliado é extremamente importante aos acionistas e administração. A legislação tributária especifica o que está sujeito a imposto e o que é dedutível, chegando a uma medida de resultado sujeito a imposto. As autoridades tributárias aceitam lucro contábil como a base da qual se avalia o lucro sujeito à tributação.

Resultado como Manutenção de Capital e como um Guia para Política de Dividendo
 
A distinção entre capital e renda é central ao problema de decidir quanto pode ser distribuído aos acionistas como dividendos. Muito se preocupou com a aplicação do conceito de manutenção de capital, obrigando ao estabelecimento de regras para a medida de lucro passível de distribuição, visando proteger não só os interesses dos investidores, como também dos credores.

No conceito de manutenção de capital, o resultado é o crescimento verificado no patrimônio, medido em dois momentos distintos, pela determinação do valor dos ativos no início do período e no final deste. Não interessa aos usuários o resultado “Lucros ou Prejuízos”, mas em identificar o crescimento do patrimônio como um todo.

Porém, hoje em dia, uma política de dividendos objetiva estabelecer a proporção do resultado que deveria ser retida e a proporção que deveria ser distribuída. Isto porque as companhias esperam financiar as suas necessidades de investimento com os lucros retidos.

Resultado para Tomada de Decisão
 
Na verdade, em todas as abordagens de resultados está implícita a sua função de subsidiar o usuário no processo decisório. Aqui, enfatizamos a necessidade de se produzir relatórios internos para auxiliar a administração na tomada de decisão. Segundo esta abordagem, todas as decisões seriam tomadas tendo como base os relatórios internos da entidade. Interessa em especial à alta administração, aos gerentes e chefes de setores da empresa. Os relatórios são elaborados por área ou setor, incluindo somente informações pertinentes, ficando a administração com o relatório global, que incluiria todos os relatórios setoriais.

Resultado em Cada Fase do Processo Produtivo
 
A abordagem de resultado operativo leva em consideração as diversas fases do processo de produção da entidade. O resultado é setorizado e medido em cada fase do processo produtivo. Essa abordagem classifica as diversas fases do processo produtivo como sendo diversas unidades operativas que se relacionam para formar o processo operativo global, que é a entidade em seu todo. A vantagem do conceito de resultado operativo é que ele permite que seja medida a eficiência da gerência em cada uma das fases do processo produtivo, incluindo o planejamento, a produção, a venda e o recebimento.

Conceitos de Resultado para Demonstrações Financeiras
 
A aplicação de diferentes conceitos de avaliação de ativo e mensuração de resultado oferece uma variedade de bases alternativas para preparar relatórios financeiros. Podem-se utilizar os conceitos de custo histórico, valor presente, poder aquisitivo corrente, custo de reposição, valor líquido de realização e custo corrente.

Ao contrário do balanço, que representa uma fotografia das atividades da Empresa em uma data específica, o demonstrativo de resultados representa uma fotografia das suas atividades durante o período a que se refere. Ou seja, o demonstrativo de resultados do primeiro trimestre traz o resultado acumulado no trimestre (a conta vendas, por exemplo, traz todas as vendas executadas durante todo o trimestre, e não somente no último dia do trimestre).

 
Outras demonstrações financeiras
 
Fluxo de caixa

No Brasil a demonstração de fluxo de caixa é conhecida pela sigla DOAR, que significa Demonstração de Origens e  Aplicações de Recursos. Assim, fica fácil entender a utilidade do fluxo de caixa, que serve para identificar a forma na qual a empresa está gerando recursos (origens) e a forma como ela está utilizando esses recursos (aplicações).

 
Origens de recursos
 
Uma empresa tem várias origens para os recursos que possui em caixa. Algumas destas origens podem ser operacionais, resultado das atividades da empresa, esse é o caso, por exemplo, do lucro/prejuízo líquido do período, da redução de estoques, do atraso no pagamento de fornecedores etc. Outras origens podem ser financeiras, como por exemplo, o levantamento de novas dívidas, novos investimentos de capital por parte dos sócios etc.

Aplicações de recursos
 
O mesmo raciocínio pode ser aplicado para a forma com que a empresa aplica seus recursos. Uma empresa pode aplicar os seus recursos na sua atividade operacional, o que inclui, por exemplo, o gasto com a compra de estoques, compra de máquinas, pagamento de fornecedores, aumento das vendas a prazo etc. Ou ela pode usar esses mesmos recursos para fins financeiros, como por exemplo, quitação de dívidas, pagamento de dividendos aos sócios etc.

Em termos simplificados, pode ser dito que quando as origens, ou seja, os recursos obtidos pela empresa, superam as suas aplicações, o caixa da empresa aumenta. Por outro lado, se a empresa tem aplicações maiores do que as origens em um determinado período de tempo, então nesse mesmo período o seu caixa diminui.

Diferença entre Demonstrativo de Resultados e Fluxo de Caixa

Mas qual a diferença entre o demonstrativo de resultados e o fluxo de caixa de uma empresa? Afinal, de maneira simplificada, ambos medem o quanto esta empresa recebeu e gastou em um determinado período. A diferença é que, enquanto o demonstrativo de resultados dá uma idéia do lucro ou prejuízo da empresa, o fluxo de caixa dá uma idéia de como esses resultados estão efetivamente refletindo no caixa da empresa.

Assim, a diferença entre eles é composta pelas despesas que não representam desembolso de caixa. Pois é, por mais estranho que pareça a princípio, algumas despesas servem para abater o lucro que a empresa obtém antes do pagamento de impostos (lucro tributável), mas não têm efetivamente um impacto no caixa da empresa.



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